O Milagre do Cerrado

17 08 2011

O cerrado é um dos maiores biomas brasileiros. Sua ocupação corresponde à cerca 20% do território nacional. Atualmente ele é responsável por grande parte da produção agrícola nacional, como por exemplo, a produção de soja no cerrado corresponde 60% da nacional.

Porém, este potencial agrícola nem sempre foi assim. Há três décadas a trás o cultivo de soja na região era considerada um sonho. Até início da década de 60 o cerrado era considerado impróprio para cultivo, uma região marginal a produção agrícola nacional.

Uma das características natural do cerrado e fator limitante para a agricultura na região é a baixa fertilidade natural.  Outros fatores negativos que podem ser considerado são: Longos períodos de seca (5 a 6 meses), presença de veranicos, baixa retenção de água (característica de solos arenosos), alta toxidez de alumínio e carência de Cálcio.

A mudança deste quadro não ocorreu da noite pro dia. Para transformar o limitado cerrado em um potencial agrícola, foram necessários vários anos de intensas pesquisas, além de um grande esforço interdisciplinar. Onde vários setores da agronomia atuaram em conjunto, como: fertilidade do solo, genética e melhoramento, microbiologia do solo, entomologia e fitopatologia, mecanização agrícola, etc…

A Universidade Federal de Lavras, antiga ESAL, teve um papel importantíssimo para esta transformação. Ela foi uma das pioneiras no desenvolvimento de novas tecnologias e na produção de pesquisas.

Várias tecnologias usadas para a o cultivo no cerrado estão relacionados ao setor de solos, como por exemplo, calagem, uso do gesso agrícola, adubação fosfatada corretiva, adubação potássica corretiva, adubação corretiva com micronutrientes, entre outros.

O Departamento de Ciência dos Solos da UFLA, que teve importante participação desenvolvimento e melhoramento destas técnicas, conta com um Núcleo de Estudos e professores que participaram ativamente deste desenvolvimento. Como por exemplo, o professor emérito Alfredo Scheid Lopes (Alfredão), responsável pelo artigo usado de base para a produção deste texto.

Leia Mais:

http://www.dcs.ufla.br/alfredao/index.php?option=com_docman&Itemid=2

http://essetalmeioambiente.com/agronegocio-e-a-devastacao-do-cerrado/

http://www.iica.org.br/Docs/Publicacoes/PublicacoesIICA/RodrigoMarouelli.pdf

Postado por:  Cristino Jr





Sou Agro!

3 08 2011

As férias acabaram, e junto com as atividades acadêmicas o blog PetAgronomia está de volta!Pronto para mais uma maratona de informações, com matérias interessantes que visam atender as necessidades de você estudante de graduação.

Bom, pra começo de conversa, vamos falar um pouco sobre o movimento Sou Agro, que segundo o próprio site, é “uma iniciativa multissetorial de empresas e entidades representativas do agro brasileiro”. O objetivo deste projeto é a popularização e valorização do agronegócio. Pois mesmo este sendo responsável por grande parte do nosso PIB, e também por grande parte das exportações, a sociedade brasileira ainda não conhece o agronegócio de fato, e muitas vezes têm uma visão deturpada e inferiorizada sobre este seguimento econômico.

Neste vídeo, que se segue acima, o renomado ator brasileiro Lima Duarte, enfatiza sobre o Agronegócio de maneira persuasiva e poética, através do texto intitulado Bendita Terra.

Vejo está campanha como uma importante iniciativa para a valorização do serviço nacional, e principalmente para a valorização dos profissionais envolvidos no agronegócio. Agrônomos, zootecnistas, veterinários, e outros profissionais, que têm papéis importantíssimos no desenvolvimento nacional, poderão ter o reconhecimento assim merecido.

Para maiores informações, ou para ser um associado, acesse o site oficial da campanha:

http://souagro.com.br/

 

 

Postado por: Cristino Jr





Mudanças Climáticas e Problemas Fitossanitários

16 06 2011


Embora ainda não se tenha um consenso sobre as causas das mudanças climáticas, suas conseqüências já é uma realidade inquestionável no cenário mundial. Com as mudanças no clima todo ciclo de vida se altera, e com isso o ser humano tem de se adaptar, e desenvolver novas tecnologias para continuar em seu ciclo.

Na questão agrícola não é diferente, as alterações no clima estão causando diversas modificações nos meios de produção. Cientistas especulam que o aumento da temperatura causará um aumento significativo na incidência de pragas, doenças e plantas daninhas.

Pesquisadores da EMBRAPA coordenam o projeto Impactos das Mudanças Climáticas Globais sobre Problemas Fitossanitários (Climapest), que procuram avaliar as conseqüências destas alterações na agricultura brasileira. Com os experimentos pretendem-se avaliar as questões fitossanitárias quando a cultura está submetida a alterações na quantidade de CO2, radiação solar e temperatura. Através das avaliações pretende-se conhecer o comportamento das pragas a fim de desenvolver estratégias de manejo no futuro.

Para os estudantes de Agronomia UFLA que se interessam nessa área, a UFLA possui o NEFIT, Núcleo de Estudos em Fitopatologia. Para maiores informaões procure a sala do núcleo no Departamento de Fitopatologia ou acesse o site do grupo.

Para Ler mais sobre o assunto acesse:

http://www.cnpma.embrapa.br/nova/mostra2.php3?id=776

http://www.macroprograma1.cnptia.embrapa.br/climapest

Postado por: Cristino de Souza Jr





Plantas Humanizadas

3 06 2011

Pesquisas inovadoras na área de melhoramento genético e biotecnologia, realizadas na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, buscam proporcionar à população vantagens diretas à sua saúde. Ali, um grupo de cientistas liderados pelo engenheiro agrônomo Elíbio Rech em parceria com o Instituto Nacional de Saúde americano e a Universidade de Londres têm desenvolvido substâncias benéficas à saúde humana a partir de plantas como a soja e o tabaco. São as chamadas plantas humanizadas, uma vez que serão capazes de produzir substâncias até hoje só desenvolvidas pelo corpo humano.

A produção de fármacos a partir das plantas humanizadas trará benefícios não só à saúde, mas também propiciará o barateamento de processos já existentes, como é o caso da produção de hormônio de crescimento humano, atualmente sintetizado por meio de cultura de bactérias.  A obtenção desse hormônio a partir da soja, com o uso da engenharia genética, é parte das pesquisas realizadas e poderá ganhar escala e vir a custar um décimo do preço atual.

Em fase inicial se encontra um projeto relacionado à obtenção de uma proteína capaz de combater o vírus HIV. Estas proteínas são encontradas originalmente em algas, e são inoculadas em bactérias que se desenvolvem em sementes de soja.

Outro projeto em andamento diz respeito à obtenção de antígenos contra o câncer a partir de folhas de tabaco. Este projeto favorecerá os produtores de tabaco, que poderão fornecer matéria prima também para o setor farmacêutico, não dependendo apenas da indústria de fumo.

 

Leia mais sobre o assunto:
http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI222603-18281,00-MEDICINA+QUE+NASCE+NO+CAMPO.html

 

 

Postado por: Dyanna Rangel Pereira